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As nossas percepções da Primeira Guerra Mundial são, hoje em dia, dominadas pela ideia de que foi um conflito fútil, um desperdício colossal de vidas e uma imensa tragédia para a Grã-Bretanha e para toda a Europa. É uma visão fomentada pelos poetas de guerra, que escreveram vividamente sobre a experiência da guerra de trincheiras, e por incontáveis romances, filmes e programas de televisão, desde então. Muitos chegaram a sugerir que a Primeira Guerra Mundial levou diretamente à ascensão de Hitler e à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Neste documentário singular para marcar o aniversário de 100 anos da eclosão da guerra, sir Max Hastings apresenta o argumento de que, embora tenha sido uma grande tragédia, longe de ser fútil, a Primeira Guerra Mundial foi completamente inevitável. Max apresenta o caso de que os governantes da Alemanha em 1914 tinham a intenção de dominar a Europa e, depois que o arquiduque Francisco Ferdinando foi assassinado, em junho de 1914, eles encorajaram ativamente os Austríacos a invadirem a Sérvia. Foram responsáveis por acender a faísca que transformou uma controvérsia local numa guerra europeia generalizada. Ele também argumenta que, uma vez que os Alemães decidiram invadir a França através da Bélgica neutra, restou impossível para a Grã-Bretanha, ciente da sua própria posição na Europa e garantidora da neutralidade desse pequeno estado, simplesmente ficar parada. Além disso, quando o conflito tinha apenas algumas semanas, os Alemães já estavam a compilar uma lista de territórios-chave que tomariam após a vitória, para garantir o seu domínio completo da Europa. Por meio de conversas com os mais eminentes estudiosos da Primeira Guerra Mundial e historiadores militares, incluindo sir Michael Howard, sir Hew Strachan, o professor John Rohl e a professora Margaret MacMillan, Max explora as principais questões em torno da eclosão da guerra e a necessidade de a Grã-Bretanha ter tomado parte nela. Ele também explora como e por que, aquando do fim da guerra, a percepção comum do conflito como um banho de sangue horrendo e desnecessário emergiu. Ele examina os equívocos que cercam o acordo de paz de Versalhes, que muitos culpam injustamente pela eclosão da Segunda Guerra Mundial, e a sensação de decepção e frustração criada pela turbulência econômica e política dos anos 1920 e 1930. Concluindo, Max argumenta que, embora o centenário da guerra não seja motivo de júbilo, devemos dizer aos nossos filhos e netos que os seus ancestrais não lutaram por nada; se a Alemanha tivesse vencido, a Europa teria pago um preço muito mais terrível.