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Série em que a historiadora e escritora Helen Castor explora como as pessoas da Idade Média lidaram com os momentos mais fundamentais de transição na vida: o nascimento, o casamento e a morte.Um Bom NascimentoPara as mulheres medievais que se aproximavam do momento do parto, não havia antissépticos para evitar infecções ou anestésicos para aliviar a dor. A historiadora Helen Castor revela como este era um dos momentos mais perigosos com que uma mulher medieval precisaria lidar, inclusive com algumas mulheres aristocráticas e da realeza dando à luz com apenas 13 anos. O nascimento ocorria num ambiente exclusivamente feminino e o mundo masculino da medicina era de pouca ajuda para uma mulher em trabalho de parto. Acreditava-se que as dores do parto eram um castigo pelo pecado original da Humanidade - assim, para as superar, uma grávida precisaria da ajuda dos santos e da bênção do próprio Deus.Um Bom CasamentoAo contrário do nascimento e da morte, que são fatos incontornáveis da vida, o casamento é um rito de passagem feito por escolha e, na Idade Média, não era apenas uma escolha feita pelos noivos - muitas vezes eram as principais peças de um quebra-cabeça, arranjado pelos pais, com a ajuda da família e dos amigos, de acordo com as regras estabelecidas pela Igreja.Uma Boa MorteNa maioria das vezes, tentamos não pensar na morte, mas as pessoas da Idade Média não tinham esse luxo. A morte estava sempre à espreita, fossem jovens eou idosos, ricos ou pobres, mesmo antes dos horrores da Peste Negra, que matou milhões em poucos meses. No entanto, para as pessoas da Idade Média, a morte não era um fim, mas uma porta para a vida eterna. A Igreja ensinou que uma eternidade passada no Céu ou no Inferno era muito mais importante do que as realizações efêmeras desta vida e que havia muitas coisas que as pessoas poderiam fazer para se preparar para a vida após a morte.