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A compreensão do passado remoto dos seres humanos geralmente vem do estudo de fósseis. Eles dizem-nos muito do que sabemos sobre as pessoas que viveram antes de nós, mas há algo que os fósseis não nos podem dizer: em que momento deixamos de viver o dia-a-dia e começamos a pensar simbolicamente, a representar ideias sobre o nosso meio ambiente e como podemos mudá-lo? Numa escavação na África do Sul, a descoberta de um pequeno pedaço de pigmento de ocre, de 70 mil anos atrás, levantou algumas questões muito interessantes."Vemos traços quase idênticos aos do homem atual."Prof Jeffrey Laitman, Escola de Medicina Mount SinaiOs humanos anatomicamente modernos (Homo sapiens) surgiram na África há cerca de 100 mil anos. Sabemos por evidências fósseis que o Homo sapiens substituiu outros hominídeos existentes e que saiu da África para a Ásia e o Oriente Médio, chegando à Europa há 40 mil anos.O professor Richard Klein acredita que a Arte é um marco na evolução humana. Uma arte inquestionável, difundida e comum, sugere que você está lidando com pessoas como nós. Nenhum outro animal, afinal, é capaz de definir uma pintura como algo além de uma coleção de cores e formas. Essa habilidade é exclusiva do homem.Outros cientistas concordam. Eles acreditam que a Arte define os humanos como comportamentalmente modernos, e o seu início terá coincidido com a capacidade da fala e do uso da linguagem. Se alguém tem a imaginação para conceber uma maneira compartilhada de descrever o seu ambiente usando a arte, parece inconcebível que não possa possuir, também, a linguagem e a fala. A busca pelo momento em que os nossos ancestrais se tornaram comportamentalmente iguais a nós é, também, a busca pela primeira evidência de arte.