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Ao largo da Patagónia, a Corrente é rica em plâncton e krill, devido ao afloramento vindo das profundezas, e a nossa baleia-azul desfruta de um belo banquete. O krill alimenta ainda muitas outras criaturas e aves marinhas, sofrendo a influência do tempo a quilómetros da costa. Ao continente, ele traz a humidade tão necessária ao ponto mais seco do planeta, o Deserto do Atacama, onde os pumas vagueiam em busca de presas ou carniça. E a espetacular geologia da Patagónia é cenário para dramas de sobrevivência. Mais perto da costa, na viçosa floresta valdiviana, a humidade é praticamente contínua, graças ao nevoeiro que se desenvolve quando o ar frio vindo da Corrente encontra as montanhas. As águas do degelo dos glaciares transportam minerais e nutrientes vitais para os muitos cursos de água que serpenteiam por esta região do Chile, e, quando chegam ao mar, nasce um ecossistema perfeito para alimentar aves costeiras e outros animais.
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