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É talvez o mais esclarecedor em relação à História recente e o de mais fácil acesso. “Winter on Fiire: Ukraine’s Fight for Freedom” é muito claro a mostrar a coragem de pessoas que dão literalmente o corpo às balas pela liberdade de um país, dos filhos, dos pais.Durante 93 dias aquilo que começou como um protesto pacífico, praticamente espontâneo, transformou-se numa bola de neve gigante que levou à deposição de um presidente pró-russo que fazia o que Vladimir Putin ditava, nunca defendendo os interesses do seu povo.Promessas que não passavam de mentiras ditas à União Europeia quando, nas costas, se apertava a mão aos russos, se atacava sem escrúpulos postos médicos, se batia em mulheres e idosos. Nada disso fez desmobilizar os ucranianos — pelo contrário. A revolução foi violenta, fez mortos mas, no final, o povo mandou. Viktor Yanukovych, o presidente, teve de fugir para a Rússia e as negociações acabaram na anexação da Crimeia por parte dos russos. Aquilo a que o mundo assiste agora parece uma espécie de sequela, com Putin a querer recuperar o território ucraniano e a reinstalar métodos antigos de medo e opressão.
Tal como “Winter on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom”, este documentário recorda os acontecimentos do inverno de 2013/2014 na praça principal de Kiev. É mais longo, não tem narrador mas mostra igualmente a resiliência de dezenas de pessoas, que rapidamente se transformaram em centenas e depois em milhares.Nem o frio, nem a violência gratuita da polícia, nem as ameaças fizeram os ucranianos desistir de protestar contra Viktor Yanukovych, uma espécie de presidente fantoche comandado pela Rússia.“A Praça” foi realizado por Sergei Loznitsa e estreou-se em maio de 2014 no Festival de Cannes, antes de chegar às salas de cinema pelo mundo — menos às russas.
Pessoas banais obrigadas a pegar em armas para defender o seu país e a sua liberdade. Podíamos estar a falar do que está a acontecer agora mesmo, mas não, esta realidade já não é nova para os ucranianos e é exatamente isso que mostra um documentário de 2017 realizado por Mark Jonathan Harris (vencedor de dois Óscares com “Into the Arms of Strangers” e “The Long Way Home”) e Oles Sanin.Primeiro, há a contextualização: as eleições manipuladas de 2004 que tentaram dar o poder a Viktor Yanukovych, o regresso do mesmo ao poder comandado por Putin, as negociações com a União Europeia que acabaram por não acontecer porque importava era a vassalagem à Rússia, os protestos de 2014 e a anexação da Crimeia.Depois, os protagonistas: um responsável por um teatro infantil que se voluntaria para defender um aeroporto, uma jornalista brutalmente espancada e um rabino que se junta às forças militares. Os três, que não deveriam ter nada em comum, são os protagonistas de uma resistência a ataques constantes vindos de todos os lados.Além do lado humano, “Breaking Point: The War for Democracy in Ukraine” tem enquadramento político e histórico por parte de vários especialistas.
É um mini documentário e a forma mais resumida de contextualizar o que aconteceu na Praça da Independência da capital ucraniana, e que ficou simplesmente conhecida como Maidan (que significa praça). Em quatro minutos várias pessoas que participaram nos protestos contam as respetivas experiências.“People of Maidan” foi produzido pela União Europeia em 2016 e está disponível no YouTube.
O protagonista é tudo menos convencional e não é certo que crie empatia no espectador mas a perspetiva que a realizadora Olya Schechter consegue dar de um soldado profundamente atormentado e revoltado é avassaladora.Ele é Deki, um sniper que se junta a soldados russos em Donetsk e aí tem como missão matar soldados ucranianos. O que sente quando mata pessoas? “Nada.” O que sente em relação aos EUA? “São o povo mais genocida do mundo.” O discurso é motivado pela Guerra da Bósnia, nos anos 90, mas também por uma infância disfuncional.
De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), os conflitos a leste da Ucrânia — desde que a Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014 — provocaram 14 mil mortos. Donbass é o cenário de muitas destas mortes e deste documentário que valeu o prémio de Melhor Realização a Iryna Tsilyk no Festival de Cinema de Sundance em 2020.Quase como se tentassem fazer de conta que não vivem numa zona de guerra, uma mãe solteira, Anna, e os quatro filhos fazem um filme caseiro sobre a sua vida. Contudo, a realidade está sempre a espreitar e tanto pode ser o momento em que a casa do vizinho é bombardeada como os festejos pela entrada de Myroslava, uma das filhas, na escola de cinema.
Era interessante colocar os links para os documentários que já existem no fórum.Eu tenho o "The Earth Is Blue as an Orange", mas com legendas embutidas em inglês.Quem tiver interesse, posso partilhar.
Se não tiveres o “A Sniper’s War” eu posso postar.
Citação de: Vasco_da_Gama em Segunda, 07 de Março, 2022 - 21h18Se não tiveres o “A Sniper’s War” eu posso postar.Já tivemos um grande releaser que o partilhou, mas obrigado:https://www.docspt.com/index.php?topic=37481.0