0 Membros e 1 visitante estão a ver este tópico.
Este documentário provocador é baseado no livro "Assholes: a Theory", campeão de vendas do The New York Times escrito pelo professor e filósofo Aaron James, e analisa o aumento de cretinos na sociedade.Segundo a teoria de James, se no trabalho, o chefe se sente no direito de ser desagradável porque tem mais poder ou porque crê ter mais talento que os restantes trabalhadores, esse chefe não é um líder, mas sim um cretino, e o mesmo acontece com membros da família ou de um grupo de amigos. Além disso, James questiona ainda o aumento de cretinos no mundo laboral, nos governos e nos próprios lares, e põe à prova os limites da aceitação de cretinos na nossa vida.“O mundo seria melhor sem cretinos, mas não nos vamos livrar de todos, isso é uma realidade”, afirma Aaron James, autor do relato sobre o qual se inspira esta produção.Dirigido pelo aclamado realizador canadiano John Walker, o documentário tenta perceber se um cretino nasce cretino ou se se torna cretino, por que razão os cretinos prosperam em certos meios, como se explica a sua perversa atratividade e por que ascendem mais rapidamente no mundo empresarial. “A minha primeira motivação para fazer este documentário foi dar ferramentas à minha filha para evitar cretinos, para saber como se movimentar entre eles e não trabalhar para um cretino. Podemos dizer que se trata de um documentário ativista”, explica John Walker."Cretinos, a Teoria" conta com o testemunho de personalidades de diferentes setores, que procuram compreender e fazer retroceder a corrente ascendente da “cretinice”. Entre eles, encontra-se o ator John Cleese (Monty Python), que define o sistema financeiro como ‘a indústria dos cretinos por excelência’; Sherry Lee Benson-Podolchuk, ex-oficial da Polícia que quebra a imagem cordial da Polícia canadiana, trazendo à luz a sua misoginia.O documentário conta ainda com declarações de Paul Purcell, banqueiro, diretor da Baird – empresa financeira que gere 77 mil milhões de dólares dos seus clientes – e pioneiro em estabelecer nas suas empresas a regra de “não tolerar cretinos”, segundo a qual o seu rendimento triplicou comparativamente ao da concorrência; ou Lesley Miley, uma das poucas afroamericanas que conseguiram ascender no Vale do Silício, que analisa o danos causados pela rápida ascensão e enriquecimento, sem que se tenha em conta a destruição causada pelo caminho, entre outros.Nestes tempos de venenosas redes sociais, ressurgimento do autoritarismo e narcisismo descontrolado, o documentário investiga os campos contemporâneos de cultivo da “cultura idiota”, analisa algumas das figuras mais tóxicas da nossa sociedade e põe à prova os limites de aceitação de cretinos na nossa vida.