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Que moral temos no Ocidente para criticar a China quando "inventamos" uma organização como a OMC para proteger os mais fracos, e a deixamos transformar num fortíssimo instrumento dos mais fortes?Que moral temos no Ocidente para criticar a China quando lhes oferecemos incondicionalmente a organização do maior evento desportivo mundial?Que moral temos na União Europeia para criticar a China quando lhes permitimos infringir todo o tipo de propriedade intelectual?Que moral temos na União Europeia para criticar a China quando baixamos as calcinhas sempre que há uma qualquer ameaça económica feita pela China?Que moral temos em Portugal para criticar a China quando patrocinamos a sua mão-de-obra infantil ao importar e ao comprar conscientemente o seu produto?Que moral temos em Portugal para criticar a China quando o Governo português se recusa a receber alguém como o Dalai Lama?
a moral de um país não se espelha no governo e nos políticos que o governam
Tento ao máximo não comprar produtos chineses. Por várias razões, porque sei as condições que vive a maior parte dos trabalhadores chineses, muitas vezes crianças, porque compro sempre que existe alternativa o que é português e como forma d protesto pessoal contra muitas das atitudes do governo chinês, tenham elas que ver com o Darfur, o Tibete ou Taiwan.
Não misturemos alhos com bugalhos.Em primeiro lugar, em termos de mediatismo, nem se pode comparar. Nos últimos 30 anos, a Palestina entra-nos pela casa adentro todos os dias. Já o Tibete...A História dos dois territórios não é a mesma, as circunstâncias actuais também não. Nem os líderes tibetanos são os "governantes" palestinianos, nem a forma de protesto é a mesma, nem tão pouco os interesses envolvidos.Têm em comum serem esmagados por um opressor muito superior militarmente. Têm em comum a complacência dos restantes países em relação a duas potências mundiais.
Nem mesmo os Jogos Olímpicos conseguiram enfrentar a censura da China. O país proibiu a internet no Centro de Imprensa Olímpico (MPC, na sigla original em inglês). Com isso, o Comitê Olímpico Internacional (COI) não conseguirá cumprir a promessa de acesso livre à rede aos jornalistas credenciados para a competição, que vai acontece a partir do dia 8 de agosto.Os primeiros jornalistas que já começaram a trabalhar no MPC não têm acesso a páginas catalogadas como "sensíveis" e censuradas há anos na rede chinesa, como o site, como as relacionadas com o movimento espiritual Falun Gong, Anistia Internacional, Tibet, a BBC em mandarim ou o massacre de Tiananmen.O presidente da comissão de imprensa do COI, Kevan Gosper, se mostrou decepcionado e pediu desculpas aos veículos internacionais pelo "mal entendido", criado nos últimos sete anos. "Se os induzi ao erro quando afirmamos sobre o livre acesso à internet durante os Jogos, então, peço perdão por isso". No entanto, apesar de reconhecer a situação, Gosper garantiu que, ainda assim, haverá um acesso à internet "livre, completo e aberto, que permita aos jornalistas informar sobre a competição".De acordo com ele, membros do COI negociaram com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim (Bocog) o bloqueio de algumas páginas da web "sensíveis" aos olhos do regime chinês. Gosper, por sua vez, admitiu que gostaria de vê-las todas "abertas"."Não estou aqui para defender as decisões chinesas. Estou aqui para assegurar que os jornalistas possam informar sobre os Jogos. Estou decepcionado porque o acesso aos profissionais da imprensa não é mais amplo. Mas não posso dizer aos chineses o que eles têm que fazer", completou ele, descartando, neste sentido, novas negociações para a liberação da internet. "Suspeito que eles já tenham tomado a sua decisão".Sun Weide, porta-voz de Bocog, por sua vez, afirmou nesta quarta-feira (30) que o país oferecerá aos correspondentes estrangeiros um "acesso suficiente e conveniente à internet". Weide defendeu ainda a censura às páginas da web. Já o porta-voz da Anistia Internacional, Robert Godden, acusou o COI de "falhar" em sua negociação com Pequim a respeito do tema.
A esta hora a DocsPT devem estar bloqueada nos servidores chineses.