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“A ficção de Deus” carrega ao menos três sentidos: a ficção de Deus construída pela humanidade; o personagem Deus das obras de ficção; a ficção da humanidade construída pelo próprio Deus.Exploro os três sentidos. No primeiro, Deus é uma invenção do ser humano. No segundo, Deus é um personagem da ficção. No terceiro, nós é que somos uma invenção de Deus. Os três sentidos não são excludentes. Em qualquer dos casos, não defendo nem que Deus seja uma mentira nem que nós mesmos sejamos uma mentira de Deus, se entendo a ficção como um campo além da mentira e da verdade.Gustavo Bernardo é professor de Teoria da Literatura na UERJ.