Tópico: Notícias da nossa ditadura disfarçada

[doro_boy]

O Massacre de Pinheirinho: A verdade não mora ao lado

Em São José dos Campos, São Paulo, numa ação criminosa do governo estadual, da prefeitura de São José, e da Justiça, 9.000 pessoas (incluindo muitas crianças e idosos) foram violentamente desabrigadas de suas casas debaixo de bombas de efeito moral e gás lacrimogênio, balas de borracha, e segundo alguns moradores, também de disparos efetuados com munição letal. A situação é desesperadora. Os moradores foram obrigados a deixar suas residências e abandonarem seus bens, sendo numerados e enviados para acampamentos improvisados, onde estão sob condições humilhantes.

http://www.youtube.com/watch?v=NBjjtc9BXXY#

Este vídeo revela os jogos de interesses na expulsão dos 9.000 moradores da ocupação Pinheirinho, de 8 anos, em São José dos Campos. Traz, também, imagens do dia da desocupação (22/01) e depoimentos sobre a truculência policial.

Coletivo de Comunicadores Populares
www.comunicadorespopulares.org

Filmagem e entrevistas: Cristina Beskow, Yan Caramel, Gabriel de Barcellos
Edição: Jefferson Vasques

Errata: No vídeo se fala em 6.000 moradores, quando o certo seria 9.000.

Já aqui na cidade do Recife, a polícia militar (cumprindo ordens do governo do Estado) viola os direitos básicos de liberdade de expressão e livre manifestação, numa ação truculenta de repressão a estudantes que protestavam contra o aumento no preço das passagens de ônibus na última sexta-feira (20/01). Perseguidos e cercados, os estudantes refugiaram-se na Faculdade de Direito do Recife, instituição secular, símbolo da Justiça. Acreditando estarem seguros em território federal, os estudantes foram surpreendidos com um ataque por parte da tropa de choque com bombas de gás lacrimogênio dentro da Faculdade.

http://www.dailymotion.com/video/xnvz68_canal-limpeza-cobertura-protesto-contra-passagens-recife-1_news

[doro_boy]

Polícia alemã vai usar Facebook para encontrar criminosos

BERLIM- A polícia alemã em breve vai começar utilizar o Facebook para encontrar pessoas desaparecidas e também procurar por criminosos e suspeitos, disse um de seus ministros. A decisão de usar as mídias sociais em investigações segue um plano piloto introduzido na cidade de Hannover, no norte do país, em março do ano passado. O estudo provocou fortes críticas de grupos de proteção de dados mas seguiu vitorioso e agora será expandido.

Matéria completa:

http://oglobo.globo.com/tecnologia/policia-alema-vai-usar-facebook-para-encontrar-criminosos-3906827

Há algum tempo venho alertando as pessoas mais próximas sobre o perigo da possibilidade de regimes totalitários, que emergiriam com o colapso econômico global, usarem as redes sociais e tecnologias de informação e comunicação disponíveis na vigilância e repressão dos seus cidadãos.
Mas os indícios apontam que não vamos ter que esperar um golpe, o grande plano parece ser manter a fachada da democracia enquanto se constroem regimes fascistas através de uma agenda de controle absoluto sobre a vida da maioria da população, que faria inveja aos nazistas.

Lendo a matéria completa, fica a sensação que a medida não é tão grave. Que na verdade a polícia está potencializando a eficácia da busca de desaparecidos e do sistema de denúncia de criminosos com a abrangência das redes sociais. Não fica claro se a polícia teria acesso às informações pessoas privadas dos usuários (como mensagens, ou qualquer outro conteúdo compartilhado com restrição e não fornecido diretamente à polícia.) em suas investigações. Mas essa possibilidade já existe mediante determinação judicial, em investigação de crimes de pedofilia por exemplo.
Pessoalmente acredito que esse é o prelúdio, a preparação para algo maior.
É óbvio que o potencial revolucionário das redes sociais já vem sendo estudado, e que medidas coercitivas vem sendo planejadas. Se tomarmos por exemplo o que aconteceu na Inglaterra durante os protestos de jovens no ano passado. Alguns foram presos com base em suas manifestações nas redes sociais. É possível que quando a situação piorar, e a necessidade de irmos às ruas lutar pela mudança aumentar, que esse espaço de articulação social e política já esteja sob domínio do aparelho de vigilância do Estado.

Precisamos entender que o discurso da segurança é o que constroe a prisão invisível em que vivemos.