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A militante birmanesa Aung San Suu Kyi, lidera um incessante combate na luta pela democracia, sistema político que seu país não vê há quase meio século.Prêmio Nobel da Paz em 1991, esta mulher de olhar doce e silhueta frágil, sempre advogou pela não-violência em um país que vem sendo governado por juntas sucessivas a partir de 1962.O regime atual, dirigido pelo general septuagenário Than Shwe, tenta reduzir sua popularidade, descrevendo-a "como a peste", afirmou um diplomata lembrando que a vida recente da "Dama" de Rangun foi marcada por longos períodos de prisão domiciliar e isolamento.Nascida em 19 de junho de 1945, Suu Kyi, filha de Aung San, herói da independência birmanesa assassinada em 1947, teve acesso às melhores escolas de Rangun, prosseguindo seus estudos na Índia - país onde sua mãe foi nomeada embaixadora - e depois seguiu para Oxford.Assistente da Escola de Estudos Orientais de Londres, ela se casou em 1972 com o britânico Michael Aris, universitário especialista em Tibete e Budismo, com quem teve dois filhos.De volta à Birmânia em abril de 1988 para cuidar de sua mãe doente, Aung San Suu Kyi fez um discurso público pela primeira vez neste mesmo ano.Em um país submetido à lei marcial, ela reivindicava a formação de um governo interino e eleições livres antes de fundar, com outros militantes, a Liga Nacional pela Democracia (LND).Em maio de 1990, seu partido foi muito votado nas eleições pluralistas. A junta, mesmo com o resultado, se negou a deixar o governo. Até hoje os generais continuam no poder.Mas a líder da oposição birmanesa sempre se disse convencida de ter "o povo ao seu lado", apesar da repressão promovida pela junta.Suu Kyi teve a prisão domiciliar decretada de 1989 até meados de 1995. Depois disso, chegou a ter um breve período de "liberdade" até 2000. Neste ano, porém, ela foi novamente confinada entre as quatro paredes de sua residência por mais 19 meses.Presa novamente em maio de 2003, depois de um ataque assassino contra seu carro, ela foi condenada a um terceiro período de prisão domiciliar e, a partir desse momento, sua pena não parou de ser prolongada.Certa de sua causa e com o apoio ocidental, em particular o norte-americano e o europeu, Aung San Suu Kyi abandonou a queda-de-braço com o governo depois da abertura, no fim de 2000, de discussões históricas sobre a "reconciliação nacional".Mas este diálogo com o primeiro-ministro Khin Nyunt foi bruscamente interrompido quando ele foi saiu do poder, quatro anos mais tarde.Há um consenso em praticamente todo o mundo dobre as qualidades de Suu Kyi - inteligência, carisma, coragem política à toda prova -, mas ninguém conhece ao certo os seus defeitos. Seus opositores, porém, algumas vezes a acusam de intransigente.Os pedidos de sanções internacionais e de boicote ao turismo feitos pela "Dama" irritaram não só os militares birmaneses, mas também o meio dos negócios.O regime de sanções, imposto há uma década pela União Européia e Estados Unidos se mostrou ineficaz, já que outros grandes países como a China, a Índia e a Tailândia mantêm relações com a Birmânia. Tais países participam de intensos esforços que visam explorar os recursos naturais da Birmânia, especialmente os de gás, conforme admitem alguns diplomatas.
Aung San Suu Kyi é uma política de oposição birmanesa, ex-secretária geral da Liga Nacional pela Democracia. Durante a eleição geral de 1990, seu partido conquistou 59% dos votos em todo o país, e obteve 81% (392 de 485) dos assentos no parlamento.Ela já havia, no entanto, sido detida e colocada sob prisão domiciliar, permanencendo nesta condição por quase 15 dos 21 anos que se passaram desde 1990 até sua libertação, em novembro de 2010.Aung San Suu Kyi recebeu o Prêmio Rafto e o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, em 1990, e o Prêmio Nobel da Paz em 1991.
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