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A intenção já não é nova e mesmo a notícia já tem umas semanas, mas acho que merece uma discussão.Notícia 1Notícia 2De uma forma resumida, pretende-se harmonizar a grafia nos vários países de língua portuguesa. Apesar de me parecer haver algumas mudanças benéficas, como a introdução das letras k, w e y no alfabeto, sou da opinião que se arranjou uma solução para a qual não havia um problema... Pessoalmente, acho que a língua é um dos muitos elementos identificativos de um região, e parece-me um erro tentar harmonizá-la por decreto. Se um português é diferente de um brasileiro, porque hão-de escrever da mesma forma? Não terá havido uma razão para cada divergência na grafia? Não estará isto ao nível de uma qualquer proposta de abolição do mirandês? Ou da proibição de dialectos regionais? Resumindo, acho que a língua é, acima de tudo, um conjunto de normas que as pessoas definiram para comunicar entre si. Desta forma, não me parece que a manutenção dessas normas deva ser definida à força por um conjunto de governantes. Por que razão me posso pronunciar sobre quem dirige a minha Junta de Freguesia ou quem representa o meu país no estrangeiro, mas não tenho qualquer palavra a dizer acerca do modo como falo ou escrevo?Porque havemos de adoptar as influências que o português do Brasil teve dos imigrantes italianos ou alemães, ou do contactos com falantes de castelhano no Sul? E ao contrário, porque têm os brasileiros que adoptar influências que o português de Portugal teve dos galegos? E se a grafia portuguesa ainda revela a influência da multitude de povos que por cá passaram, que importância tem isso na história de Timor ou Cabo Verde para terem que mudar a sua língua devido a isto?Provavelmente haverá muitas opiniões contrárias, mas por alguma a secção se chama "de Debate"... Venham elas
o Brasil, essa impressionante potência do futuro
uma língua unificada (...) é fundamental para uma grande potência
O nosso filho, e nosso orgulho
(Que o Brasil) a ame e não queira outra já é motivo de grande contentamento para os portugueses
É estranho concordar com alguém que parece ter a opinião contrária, mas agora aconteceu-me isso contigo. :tongue:
Ao contrário do que possa parecer pelos posts que fiz, o meu principal problema não é com as alterações efectuadas, mas com o modo como o processo decorreu.
Quanto à britanização da língua, estamos perfeitamente de acordo. O que me parece é que o facto de uns escreverem "úmido" e outros "húmido" não coloca isso em perigo (naturalmente, posso estar enganado...). Acima de tudo, gostaria que os linguistas que estiveram nos últimos anos a trabalhar nisto tivessem antes estado a não deixar morrer a língua, achando que não valia a pena estar a traduzir a miríade de termos ingleses que hoje usamos em áreas como a informática, o design ou o marketing.
Nem mais, era exactamente isso que me referia. Novamente: Que venham os "K", os "Y", os "W" mas que não venha o que realmente não é nosso, o inglês.
Ora bem começando pelo fim... CitarNem mais, era exactamente isso que me referia. Novamente: Que venham os "K", os "Y", os "W" mas que não venha o que realmente não é nosso, o inglês.Não entendo muito bem o que pretendes dizer... Se cada vez mais introduzimos mais palavras inglesas no nosso vocabulário, no que é que a introdução dessas letras estrangeiras - pelos vistos só até daqui a uns dias - vão diminuir esse facto. Não será precisamente o contrário? Dizes que venham os "K", os "Y", os "W", mas que não venha o inglês... Sinceramente parece-me um contra-censo. Pode não vir o inglês, mas com a existência dessas letras no vocabulário, ou muito me engano, ou vamos adoptar cada vês mais palavras estrangeiras, como alemãs, bem chinesas penso que ainda virá longe :tongue:, e sobretudo inglesas.
Quanto às alterações, estou completamente de acordo em relação a elas, quando vejo nelas um sinal de evolução, evolução no sentido positivo da palavra, e não uma evolução apenas referente a mudança, a disparar para a frente. E sinceramente não vejo isso neste caso. Não vejo em que sentido nos irá ajudar retirarmos os "h" no início das palavras e as consoantes não pronunciáveis, quando o são, ou não, mediante pronuncia, vão ser facultativas. Então mas é para uniformizar de vez? Ou para ir de mansinho, e quando já estivermos mais que amansados pelo nosso "querido filho", ou o "comummente (comumente) chamado "irmão" em parceria com os nossos governantes, puderem dar a estocada final? Talvez daqui a uns anos tenhamos uma pronuncia parecida como o Brasil para sermos alguém. Até hoje muita gente do mundo pensa que somos uma província de Espanha, pode ser que daqui uns anos já o sejamos do Brasil.
Não digo que estas mudanças não pudessem trazer vantagens, mas sinceramente não vejo quais. Será que não nos entendemos por termos diferenças de 1% qual quer coisa entre nós? Se o "h" no início de certas palavras foi visto como necessário, porquê agora tirá-lo e não adicioná-lo no Brasil? Será que ele foi colocado por capricho de algum linguista?
Por fim, prefiro continuar a lutar pelo o que nos diferencia, sem nos separar, na manutenção da nossa cultura, da nossa e sobretudo até dos restantes países que usam o nosso idioma, que por certo se virão em risco de perder cada vez mais idiomas com o dito progresso/evolução, desenraizando-se das suas terras, dos seus costumes, abandonando as suas terras em busca de um lixeira junto a uma cidade para ajudar a enriquecer cada vez mais os tubarões do nosso mundo.Prefiro também lutar por algo que ainda não morreu, do que dar algo como morto antes de tempo.
Não nos ajuda a nós portugueses mas poderá ajudar a "nós" falantes do português. Não será isso mais importante que o só "nós portugueses"? (Para mim é)Como para mim, é "mil vezes" preferível ter uma pronuncia aproximada à dos meus irmãos brasileiros que ter uma britanizada. (Venha a pronuncia brasileira, por favor)
Upppssss...Aqui não posso dizer mais nada que: "Discordo em absoluto!!!!!!!". Se ninguém quizer ceder de seu lado para ajudar o outro.... e nem pensar sequer retorquir dizendo: "O outro é que deve ceder"... O bem-senso por mais raro que seja deve ser sempre "abusado" em questões em que o que difere é a localização geográfica e não o bom-senso!
Não acho ser bom-senso "obrigar" o João Washington, ou o Ricardo Káka, ou o Filipe York, a não puderem registar os seus filhos em Portugal, como portugueses, porque no nome dos pais está uma letra que não faz parte do alfabeto utilizado em Portugal, mas que são tão ou mais portugueses que os portugueses que por cá moram. (Eu sou descendente de Finlandeses, provavelmente serei muito menos português que a maior parte do povo brasileiro)Sejamos justos... connosco (conosco)e com os nossos irmãos que falam a mesma língua que nós.
O que - nós sociedade - precisamos é de abuso de "bons-sensos" e de vontades... mais nada!
É pena não teres conhecimentos na RTP, para que colocá-ses lá uma cunhazita para pelo menos fazerem um Prós e Contras sobre este assunto.